segunda-feira, 24 de agosto de 2015

☩ OS MEIOS SECRETOS DE IDENTIFICAÇÃO TEMPLÁRIA ☩

No último texto finalizamos nossos estudos com uma pergunta, de que, como poderiam os Templários determinar que um documento de alto valor não fosse forjado ou que aquele que o portava era realmente o homem cujo nome aparecia nele? Agora vamos respondê-la, acompanhem-nos nessa viagem!


Sabia-se que os Templários mantinham agentes de informação nas principais cidades da Europa, do Oriente Médio e na costa mediterrânea e, necessariamente, teriam de empregar meios secretos de identificação.

Negócios financeiros internacionais requeriam segredo total, em operações navais, era preciso esconder informações dos muçulmanos ou piratas e a administração militar da Cavalaria certamente exigia isso.

É bom lembrar que os Templários obtiveram uma reputação, e não uma boa reputação, por sua dedicação ao segredo, mesmo nos encontros secretos e concílios da Ordem.Em seu conjunto, a rede de códigos, sinais, palavras, toques e técnicas de identificação, além de uma inflamada dedicação ao segredo em iniciações e reuniões, forneciam uma base ideal sobre a qual construir uma sociedade secreta.

Os Templários utilizavam-se do uso de “peças encaixadas” como meio de identificação, isso requeria que uma metade fosse enviada antes para o outro lado, solução nada prática, especialmente se o titulo fosse trocado em qualquer posto templário.

Algumas vezes, a exigência era maior, e era necessária uma carta de fiança. As cartas também requeriam verificação, uma vez que a maioria era escrita por escribas e copistas. Cartas falsas podiam trazer instruções perigosamente enganadoras sobre movimento militares ou manobras navais.

Usavam-se códigos para esconder a informação no texto de correspondência aparentemente inócua. A mensagem oculta podia dizer coisas tais como: “Mande dois navios a Messina.” Ou “Mate o homem que entregar esta carta.”

Outro método era elaborar uma ou mais questões pessoais que, esperava-se, apenas o destinatário autorizado pudesse responder.

Pergunta: Quando era menino, você caiu de uma arvore e se feriu. Quantos anos você tinha? Resposta: Sete anos e mais. Pergunta: Qual era a árvore? Resposta: a Acácia. Pergunta: Quem encontrou você e o levou para a casa? Resposta: Meu tio Moabe.

Esse antigo sistema ainda é utilizado nos dias de hoje, veja, recentemente ao enviar dinheiro da América para um amigo na Inglaterra, tivemos de escolher uma questão que apenas o destinatário poderia responder corretamente.A questão era “Como era o nome de solteiro de sua mãe?” Com a revelação da “palavra secreta” (Ziza), o dinheiro foi entregue.




☩NA PRÓXIMA SEMANA ☩
Como era composta a Ordem dos Cavaleiros Templários


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

☩ A RIQUEZA DOS TEMPLÁRIOS ☩

Muito se especula sobre as Riquezas dos Cavaleiros Templários, uns dizem que ficaram ricos através do Tesouro perdido do Rei Salomão, outros, dizem que foram através de pactos e rituais satânicos, mas, na verdade não foi nenhum e nem outro. Vejamos como os Templários se tornaram os homens mais ricos da face da Terra.

No último texto estudamos a vida de um Cavaleiro Templário, agora, falaremos um pouquinho de suas enormes riquezas. Acompanhe-nos! Os Templários tinham mais de nove mil propriedades em toda a Europa, além de moinhos e mercados. Além dessas propriedades lucrativas, possuíam outras fontes de renda.

Durante seus duzentos anos de existência mais de vinte mil iniciados trouxeram terras ou dotes em dinheiro a Ordem. Ao comprar e mesmo construir navios de guerra para proteger os outros, nossos irmãos Templários obtiveram lucro com o transporte de equipamento, cruzados seculares e peregrinos para a Terra Santa. Ganhavam, freqüentemente, presentes de agradecimento ou eram lembrados em testamentos. A Igreja de Roma contribuía e conclamava os outros a fazer o mesmo.
O resultado disso tudo foi uma superabundância de fundos e, como esse excesso era aplicado, os Templários ingressavam em um negocio relativamente novo: o Monetário.

O serviço financeiro mais fácil para os Templários era o deposito seguro. Uma vez que eles tinham que manter vigilância continua sobre seu próprio tesouro, não era necessário trabalho nem homens extras para realizar os mesmos serviços para terceiros. Há registros de roubo em postos Templários, mas eles ainda eram favoritos em uma época em que a única proteção para valores eram homens armados ou o esconderijo seguro.

Se um homem viajasse, podia levar seu tesouro e arriscar perde-lo para bandidos ou para um senhor rival, ou deixá-lo em casa, com o risco de ser roubado por parentes, servos, ou por ataque a casa durante sua ausência. Uma alternativa efetiva era o serviço oferecido pelos Cavaleiros que tinham a reputação de guardar o tesouro dos outros com tanta atenção como se fosse o deles.

Outro serviço não menos importante era o de agentes de coleta. Eles faziam contratos para coleta de impostos, e às vezes trabalhavam como agentes para negociar o resgate e a libertação de prisioneiros importantes, chegando a um ponto de participar da coleta dos fundos do pagamento dos resgates. Nossos irmãos Templários mantinham empreendimentos no sentido de que coletavam lucros ou gerenciavam propriedades lucrativas. Cobravam altas taxas pelos seus serviços e como banqueiros hipotecários, os templários emprestavam dinheiro a propriedades rentáveis, frequentemente evitando à proibição a usura, recolhendo seus lucros até que ela fosse resgatada. 

Naquela época não existiam documentos tais como RG, CPF, TITULO, HOLOGRAMAS, FOTOS e nem IMPRESSÕES DIGITAIS. Então podemos apenas especular sobre os problemas de um cidadão de Jerusalém a quem um estrangeiro, que acabou de entrar com um pedaço de papel, entregue três meses antes em Paris, pede uma grande soma em dinheiro.

A pergunta que fica é: Como determinar que um documento de alto valor não era forjado ou que aquele que o portava era realmente o homem cujo nome aparecia nele?




☩ NA PRÓXIMA SEMANA ☩
Os Meios Secretos de Identificação Templária


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

☩ A VIDA DE UM CAVALEIRO TEMPLÁRIO ☩

A vida Templária exigia muitos desafios, no último texto descobrimos algumas das diversas Regras que envolviam votos de obediência, pobreza e castidade.

Ser um Cavaleiro Templário era o mesmo que unir-se a adesão a estritos votos monásticos com a constante ameaça de mutilação ou morte no campo de batalha sagrado, era a penitencia suficiente para compensar qualquer pecado.


A vida de um Cavaleiro Templário exigia viagens, treinamento militar e participação em batalhas, atividades pouco conhecidas em outras comunidades monásticas.


Os Templários utilizavam ceroulas de pele de carneiro que nunca deviam ser removidas. Dormiam sempre com tochas acessas para evitar a escuridão, que permitiria ou encorajaria praticas homossexuais, preocupação constante em todas as sociedades masculinas, incluindo monastérios.


Muitos Templários participavam de atividades comunitárias, como a celebração da missa, a leitura de ofícios, a oração em grupo, as refeições e o trabalho de proteger os peregrinos.

Seus lideres instigavam todos os jovens de berço nobre a se juntar aos Templários e pedia aos cristãos que apoiassem a Ordem com generosos presentes. Suas riquezas cresciam cada vez mais.




☩NA PRÓXIMA SEMANA ☩
A Riqueza dos Templários


terça-feira, 4 de agosto de 2015

☩ AS REGRAS DE UM CAVALEIRO TEMPLÁRIO ☩

A Ordem, no inicio, parece ter sido pouco mais que um “clube particular” formado em torno do Conde de Champagne. Hugo de Payens era seu primo. André de Montbard, que se tornaria o quinto Grão-Mestre, era tio de Bernardo, que era ele próprio, de Champagne, enquanto o papa Honório fora um seguidor cisterciense de Bernardo.

Bernardo ajudou a esboçar uma Regra Templária baseada na Ordem Cisterciense, que por sua vez havia sido baseada na Regra Beneditina, muito mais antiga. Para compreender a natureza da Ordem Templária, é importante enxergar nela uma Ordem monástica (pelo menos de inicio) e não uma Ordem de Cavalaria.


Mais importante que o próprio monastério foi a Regra que Benedito criou para os monges que o seguiram. Essa Regra Beneditina se tornou um modelo de fundação para diversas ordens monásticas que se seguiram, cuja Regra, por sua vez, tornou-se a base da Regra criada para os Cavaleiros Templários.

O ponto central da Regra Beneditina estava incorporado em três votos: de pobreza, castidade e obediência, todos rigorosamente obrigatórios. Para as primeiras ofensas, a Regra Beneditina exigia repreensão verbal e confinamento solitário, com muita oração. Se isso não fizesse com que o monge abandonasse seus modos obstinados, o abade estava autorizado a usar o flagelo. Se seus erros não pudessem ser arrancados dele, o monge podia ser expulso da Ordem.


Uma vez que a Ordem Templária não respondia a ninguém além do papa, ela essencialmente criou seu próprio sistema de punições, que chegava até a pena de morte, por desobediência.Por exemplo, uma cela penitenciaria com apenas 4 pés e meio de cumprimento foi construída na igreja Templária em Londres e, nessa cela, o Irmão Marechal (comandante militar) da Irlanda foi confinado por desobediência as ordens do Mestre. Incapaz de se levantar, de se esticar, ele foi mantido na pequena cela de pedra até que morreu de fome.


Já a castidade incluía ambos os sexos. Nenhum Templário podia beijar ou tocar qualquer mulher, nem mesmo sua mãe ou irmã. Mesmo a conversa com qualquer mulher era desencorajada e freqüentemente proibida. Nenhum Templário devia permitir que ninguém, especialmente outro Templário, visse seu corpo nu. Em seus dormitórios, lâmpadas (tochas) ficavam acessas a noite toda para afastar a escuridão.


No campo de batalha, se por acaso, estivessem sob condições opressivas, com o direito de se retirar de acordo com sua Regra, e o comandante do campo lhes dissesse para ficar e lutar até que o ultimo Templário estivesse morto, a ordem tinha de ser obedecida. Os homens que se juntavam a Ordem Templária esperavam morrer em batalha e a maioria deles o fazia.


A Regra Templária também dava direito a apenas duas refeições diárias, mas permitia a carne, proibida por outras ordens monásticas, por causa da natureza fatigante dos deveres dos irmãos Templários. Não tinham permissão de falar durante as refeições e eram obrigatoriamente obrigados a participar das devoções religiosas cotidianas, como qualquer outro grupo monástico. Muitas outras Regras não estão descritas aqui (achei por bem não publicá-las para sigilo da mesma).

Ao manter seu voto de pobreza, Hugo de Payens entregou toda sua propriedade à Ordem, e os outros Templários fundadores logo fizeram o mesmo.Porém, de forma alguma os Templários deviam ser limitados pelas leis dos países nos quais eles pudessem residir de tempo em tempo. Apenas sua própria Regra governava sua conduta e somente seus superiores podiam discipliná-los.





☩NO PRÓXIMA SEMANA ☩
Como vivia um Cavaleiro Templário